A demanda global está se expandindo dos “Big Four” para os “Big Ten”
- elaine8295
- Jun 6
- 3 min read

O mapa global das matrículas em Ensino Superior no exterior está mudando... e rápido. Estamos preparados?
A nova edição da pesquisa Global Enrolment Benchmark Survey (Intake Jan-Mar 2025), realizada pela NAFSA, Oxford Test of English e Studyportals, ouviu mais de 240 instituições de ensino superior em 48 países.
O objetivo foi entender, com base em dados reais e recentes, como estão as tendências de matrícula internacional em Higher Education para o início de 2025, além de oferecer um benchmark global para que instituições e agentes possam comparar seu desempenho e tomar decisões mais estratégicas diante de um cenário cada vez mais volátil.
“Em meio a grandes mudanças políticas nos Estados Unidos, esta pesquisa oferece um retrato poderoso de como a turbulência nas políticas está redefinindo a mobilidade estudantil global,” afirma Fanta Aw, CEO da NAFSA.
A pesquisa completa está disponível gratuitamente no site da Studyportals. Vale muito a pena ler na íntegra!
Pós-Graduação em declínio. Graduação instável.
Enquanto o número de matrículas de graduação mostrou crescimento em algumas regiões, a pós-graduação sofreu quedas expressivas, principalmente no Canadá (-31%), EUA (-13%) e Austrália (-13%). O Reino Unido foi o único a registrar crescimento relevante em PG (+18%), após ajustes em sua política de vistos.
A grande trava? VISTO.
62% das instituições dizem que políticas governamentais e barreiras migratórias são hoje o maior entrave à decisão dos estudantes.
No Canadá, esse número salta para alarmantes 93%.
Na Austrália, 86%.
Nos EUA, 70%.
Em contraste, apenas 6% das instituições na Ásia veem isso como um problema.
Isso está mudando o fluxo global de estudantes. E rápido!
O interesse por destinos “tradicionais” está caindo!
O declínio dos "Big 4" e a ascensão dos "Big 10" pode ser analisada através dos números abaixo:
Austrália: Apresenta um declínio de 13% nas matrículas de pós-graduação.
EUA: queda de 36% na participação de mercado desde janeiro, com queda de 54% no interesse por programas de mestrado.
Canadá: queda de 54% no interesse desde mudanças no programa de estudantes internacionais.
Reino Unido: impacto negativo em 2024 com restrições para dependentes.
Destinos “não tradicionais” em ascensão: Alemanha, Holanda, Itália, França, Suécia, Malásia, Japão, China, Emirados Árabes e África do Sul estão ganhando força com um mix atrativo de:
✔️ Qualidade acadêmica
✔️ Custos mais acessíveis
✔️ Processos migratórios mais claros e receptivos
“A mensagem é clara: os estudantes internacionais estão atentos e estão, cada vez mais, se afastando dos quatro destinos tradicionais em busca de estabilidade, oportunidade e acessibilidade. Agora, a conversa é sobre os ‘Big 10’. Se líderes do ensino superior e formuladores de políticas não agirem, correm o risco de perder não apenas talentos, mas também a inovação, a pesquisa e a vitalidade econômica que os estudantes internacionais geram.”
E como isso impacta o nosso trabalho no Brasil?
Se você trabalha com intercâmbio, ensino superior internacional ou edtechs focadas em educação global, é hora de revisar sua estratégia. Algumas reflexões que tenho trazido nas minhas mentorias e consultorias:
Você está oferecendo os destinos certos para o perfil do seu estudante? O Canadá ainda está no seu portfólio padrão? E a Austrália? Como está o volume de leads interessados nesses destinos? Hora de olhar com mais profundidade para Europa e Ásia.
Sua equipe está atualizada com esses dados? Vendas consultivas e estratégicas exigem conhecimento. Seus consultores dominam os argumentos e as novas tendências para orientar o estudante de forma transparente?
Sua jornada comercial considera as barreiras reais do estudante? Problemas com vistos, custo de vida, política imigratória… tudo isso precisa estar no radar desde a qualificação do lead até o fechamento.
A análise de dados não deve ser feita só por curiosidade. É ferramenta de decisão. Em tempos de instabilidade política, econômica e migratória, não basta ter uma boa oferta. É preciso ter inteligência comercial. Isso significa olhar para os dados, entender os movimentos do setor e ajustar a rota sempre que necessário.
Se você quiser conversar sobre como esses dados podem orientar sua estratégia comercial, adaptar seu portfólio ou treinar sua equipe para vendas mais consultivas e alinhadas ao novo cenário, entre em contato! Vai ser um prazer contribuir com seu crescimento.
Quer ler o relatório completo da pesquisa? Baixe gratuitamente no site da Studyportals e compartilhe com a sua equipe.



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